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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Estudo faz uma reflexão sobre o uso da web pelos jovens brasileiros.



Lançado pela Fundação Telefônica, o estudo Juventude Conectada apresenta dados e a visão dos jovens sobre a utilização dos meios digitais

por Aline Aurili

Com a internet cada vez mais fazendo parte da vida de jovens em idade escolar, pesquisas relacionadas ao uso quantitativo e qualitativo do universo digital são cada vez mais frequentes. Recentemente, a Fundação Telefônica, em parceria com o IBOPE, o Instituto Paulo Montenegro e a Escola do Futuro da USP, lançou o estudo ‘Juventude Conectada’, que apresenta um ‘raio-x’ da vida na web de jovens entre 16 e 24 anos.

A pesquisa, iniciada em 2013, entrevistou 1.440 estudantes, monitorou a navegação de 10 deles, realizou grupos de discussão e conversou com 8 especialistas sobre o tema. O objetivo era apontar tendências e gerar uma reflexão sobre os hábitos online e como eles podem estar atrelados à educação, ao ativismo e ao empreendedorismo. Tudo isso, ligado à análise de como a vida digital afeta o seu comportamento.

Apesar de as pesquisas ligadas ao tema apontarem frequentemente para dados parecidos – os jovens conectados gastam a maior parte do tempo online com comunicação entre amigos e entretenimento – a ‘Juventude Conectada’ apresenta como estes números estão ligados a diferentes áreas, como a educação, e traz reflexões dos próprios estudantes entrevistados.

Os dados apontam que o Brasil está avançando lentamente no quesito tecnologias na educação, mas as melhorias em infraestrutura são altas. Na listagem mundial, o país está em 11º na capacidade de uso da banda larga e da rede de celulares.

Mas o estudo encontra um paradoxo na utilização das tecnologias para a educação: se, por um lado, os jovens têm usado recursos online para fazer pesquisas e aprender, por outro os aparelhos são indicados como elemento de dispersão dos estudos. “A internet pode servir como ponte para o aprendizado através do conteúdo, mas também podem atrapalhar: você se perde nas redes sociais e em sites completamente nada a ver com o seu estudo e perde o foco”, diz um dos depoimentos publicados na pesquisa.

E é por isso que os educadores devem estar cada vez mais atendos às atividades dos alunos na rede, para que os exercícios propostos em aula sejam ligados aos seus interesses. Um dos dados mostra que 47% dos estudantes concordam que os educadores devem saber utilizar as TIC para ensinar. 75% dos jovens conectados dizem já ter utilizado a internet para estudar e ferramentas que ajudam nos estudos para provas como o ENEM, por exemplo, estão no topo dos recursos acessados.

Outro ponto forte da pesquisa: os estudantes enxergam a internet como um bom ponto de contato com os professores e outros alunos. 24% dos entrevistados relatou que, com a quantidade de informação existente na rede, selecionar conteúdos relevantes para o aprendizado se torna uma tarefa difícil. E é por isso que a troca de conhecimento e indicações de materiais com um profissional ou com colegas mais experientes se torna essencial na web.

De modo geral, a pesquisa prova a necessidade de os educadores estarem mais conectados, conhecerem o perfil e as necessidades dos alunos para poder relacionar seus projetos cada vez mais aos interesses digitais dos estudantes.


 

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