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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Como explorar o cinema em sala de aula?



O uso de filmes é comum nas salas de aula brasileiras. Mas você sabe como aproveitar todo o potencial didático do cinema? Confira algumas dicas para extrair de seus alunos – e dos filmes, claro, muita discussão e conhecimento!
por Giovana Feix

A aliança do cinema com a educação ainda gera dúvidas em muitos professores. Qual o melhor filme para compartilhar com os alunos? O que fazer antes, durante e depois da exibição do filme? Dá para trabalhar com o cinema em todas as disciplinas?

Pensando nisso, e no potencial educacional do cinema, sugerimos algumas dicas e sugestões de encaminhamento para levar as obras da telona para a sua turma!

Nem só os filmes “educativos” podem ser explorados

É comum a percepção de que só os filmes que conseguem manter relação direta e “explícita” com o conteúdo curricular devam ser exibidos aos alunos. No entanto, diferentemente dos livros didáticos e das aulas expositivas, a proposta do uso do cinema em sala de aula não é simplesmente “instruir”, mas sim produzir um aprendizado mais abrangente, que se constitua através de debates e da participação de todos. O uso do cinema possibilita uma abordagem interdisciplinar e participativa que dificilmente uma aula “comum” poderia trazer.

Depois de algum tempo estudando um determinado tema, por exemplo, o professor pode mostrar um filme e, depois, propor aos alunos discussões sobre que relações podem ser traçadas entre o assunto estudado e o enredo. Isso traz à tona não só temas que conseguiriam ser planejados pelo educador sozinho, mas também os que têm a ver com as vivências e interesses pessoais dos alunos, fazendo do aprendizado uma experiência mais pessoal e “intrínseca”.

Tenha um propósito definido

Ao mesmo tempo em que alguns professores levam muito em consideração o caráter curricular de um enredo, na hora da escolha do filme que vão exibir, alguns não se preocupam nem um pouco com o conteúdo da história nesse momento. Isso não pode acontecer! O cinema em sala não é descontração. É preciso ter um propósito educativo claro e estabelecer metas de aprendizagem. Para isso, na hora de planejar a aula, o educador deve fazer a si mesmo perguntas básicas. Um bom ponto de partida é ter determinado: Em que época acontece o filme e quem são os protagonistas? Até que ponto os alunos vão conseguir interagir e se identificar com a história? Quais sãos os possíveis caminhos de interação entre o enredo e o assunto abordado em sala de aula? Que relação isso mantém com a minha disciplina e os conteúdos que precisamos trabalhar? O que meus alunos devem ter aprendido com todo este trabalho?

Não tenha medo de, de fato, explorar o cinema

Na hora de avaliar os alunos sobre a interpretação de narrativas, os livros costumam ser as obras preferidas das escolas. O audiovisual, nesse sentido, costuma ser deixado quase que inteiramente de lado. Uma pena, já que, além de conseguir, como já mencionamos, proporcionar aulas diferentes e debates frutíferos com os alunos, o cinema pode conversar com os alunos e apresentar-lhes realidades novas de maneira totalmente diferente das obras literárias. Quando apresentados à classe como uma obra de arte, os filmes passam a poder ser analisados minuciosa e separadamente, levando em consideração, individualmente, aspectos como a filmagem de determiandas cenas, a escolha da trilha sonora e a obra em que constitui o roteiro por si só.


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