Os pais devem estar atentos aos passos de seus filhos, sendo responsáveis legais por estes, por ação e por omissão, por culpa na vigília, por mais analógico que sejam.
É muito comum escutarmos de pais que não querem invadir a privacidade dos filhos. Mas precisamos distinguir orientação com invasão. É preciso que os pais acompanhem a vida de seus filhos e se preocupem com sua identidade digital, bem como suas ações no campo virtual, pois os efeitos serão sempre bem reais. Lembre-se, embora tenha sido criado na era analógica, isto não o eximirá de responsabilidade por não saber o que seu filho estava fazendo no computador!
O que os pais devem fazer? Os pais devem acompanhar o avanço tecnológico com atenção especial aos riscos existentes, procurando, por exemplo, saber o que é um Orkut e como ele funciona, buscando notícias, compartilhando estas informações com seus filhos. Ler os Termos de Uso dos Serviços Online é essencial, até para apontar para os filhos o que há em seu conteúdo, já que muitas vezes estes dão OK ser ler, sem saber o que estão assumindo, se obrigando. É fundamental saber quais comunidades seu filho está associado e qual sua participação dentro dela.
Além disso, os pais devem deixar claro para seus filhos o que é crime eletrônico e suas consequências, ou seja, o que na rede pode ser considerado como crime. Esta abordagem deve buscar gerar uma reflexão sobre o que é certo e o que é errado. O que é perigoso, o que é uma simples brincadeira e o que pode virar ação judicial.
A tecnologia que aproxima também é a que distancia. Assim como tem muitos pais e filhos que hoje conseguem se relacionar melhor, falando por e-mail, também há aqueles que não conversam nunca, pois o filho está sempre falando com amigos no comunicador instantâneo, nas comunidades, e não se interessa mais nas conversas de família a mesa, na hora das refeições, que é como se fazia antigamente. Se estes pais não puderem fazer parte dos amigos virtuais do filho, dos favoritos, então eles estão excluídos.
O diálogo é a peça-chave no quebra-cabeça da era da informação. Os pais devem ser uma fonte de informação para seus filhos digitais, e não apenas o Google (exemplo de buscador da internet). Por isso, este tema deve também ser debatido com a escola, com os professores e com a direção. Uma atuação integrada com certeza contribuirá para uma sociedade muito melhor.
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