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sábado, 3 de janeiro de 2015

Peças fora de uso do computador se transformam em oportunidade para jovens de baixa renda.



por Aline Aurili

De quantas peças é constituído um computador? E as peças dentro das peças? São tantos os componentes que constituem essas máquinas que quando são descartados não têm muito para onde ir – e o lixo não é a melhor opção. Usando um pouco de criatividade e habilidade manual, essas peças que não podem ser reutilizadas ganham agora uma nova função.

Com o objetivo de transformar vidas através da tecnologia, o Comitê para Democratização da Informática – CDI, do Distrito Federal, resolveu oferecer uma oficina de construção de tecno-joias, para orientar educadores a apresentar aos seus alunos como reaproveitar os materiais dos computadores que teriam o lixo como destino. Isaac Zaks, educador de informática que participou da oficina, relata um pouco sobre a experiência e a importância de repassar este conhecimento aos alunos.

“Na minha escola ofereço um curso de montagem e desmontagem de computadores, de dez máquinas velhas, conseguimos construir quatro ou cinco novas, mas muitas peças acabam sobrando”, conta Isaac. Placas mãe, HDs e fontes são os principais objetos utilizados. Fáceis de abrir e manusear, eles podem virar brincos, colares, pulseiras e o que mais a imaginação permitir. Mas basicamente, segundo ele, qualquer peça que exista na informática pode se tornar um novo objeto.

Apesar de ser primordial, a reciclagem dos materiais não é o único viés do projeto, o empreendedorismo também é destaque. “Nós trabalhamos com alunos de escolas públicas e o curso de montagem é voltado para alunos com aproximadamente 17 anos, que já estão começando a procurar um emprego”, explica o educador. As peças bem produzidas podem ser vendidas por preços melhores e se tornam uma oportunidade para os alunos seguirem em frente com o negócio.

Isaac ainda afirma que a informática pela informática é muito branda e que os alunos devem saber uni-la à cidadania. “Nosso objetivo é tornar nossos alunos cidadãos, dou muita aula de direitos humanos, por exemplo, mas sempre com a informática como plano de fundo”, explica.


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