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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Fundador da Khan Academy acredita que Brasil pode ser referência em educação digital.

  

Em evento realizado em São Paulo, Salman Khan, fundador da Khan Academy, afirma que o Brasil é um país promissor no campo do ensino online
Salman Khan, fundador da Khan Academy – organização que disponibiliza videoaulas gratuitas no Youtube –, acredita que o Brasil pode se tornar uma referência em educação digital. A afirmação foi feita na última quinta-feira (17), durante evento promovido pela Fundação Lemann, responsável por difundir o conteúdo da Khan Academy no Brasil.
De acordo com o professor, o objetivo com as suas aulas é proporcionar uma educação livre para todos, em todos os lugares do mundo. Segundo ele, “o Brasil é um lugar com grande potencial para o crescimento da educação digital e pode ultrapassar os Estados Unidos”.
Durante o evento, Khan falou sobre a sua trajetória como estudante e relembrou como o seu projeto de postar aulas de matemática no Youtube para ajudar seus primos acabou por se tornar um fenômeno mundial. Atualmente, são mais de 6 milhões de usuários. A Khan Academy alcança uma média de 20 mil salas de aula ao redor do mundo.
Para Khan, o que faz com que seus vídeos sejam tão acessados é o tom que usa. O professor acredita que o tratamento informal, como se fosse uma conversa, é muito mais eficiente do que o tratamento convencional entre professores e alunos. “Não fui a primeira pessoa a postar videoaulas no Youtube. O que eu acho que me fez ficar popular foi o fato de eu estar falando para os meus primos, pessoas com quem eu me importava. Eu fui muito direto, eu falava o que vinha na minha cabeça”, observou.
Ensino Brasileiro
Na última quarta-feira (16), Khan participou de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Durante o encontro, o professor defendeu a revisão do sistema de ensino brasileiro.
Para ele, reunir crianças da mesma idade em uma sala e esperar que elas aprendam no mesmo ritmo não é um sistema eficiente. Khan acredita que a saída é o uso da tecnologia. “Pode parecer paradoxal, mas as experiências com a tecnologia permitem que os professores tenham mais tempo para atender a individualidade dos alunos”, afirmou.
Após o seminário, Khan foi convidado pela presidente para fazer parte da reformulação do material pedagógico do ensino brasileiro, mas recusou o convite. O professor disse que esse processo deve ser feito em médio e longo prazo. "Espero fazer algo em sete anos, mas infelizmente não posso fazer para amanhã", concluiu.
  Autor: Universia Brasil

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