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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Redes sociais nas escolas: proibir ou liberar?





Nas escolas públicas de São Paulo é lei: o uso de telefones celulares nas salas de aula está terminantemente proibido. Mas do outro lado dessa história, alguns professores do ensino privado inovam e até incentivam o uso desses aparelhos e até das redes sociais em suas aulas.

"O aluno pode usar o celular, desde que seja para aprender", diz o professor Mario Galvão. "A escola também precisa saber que, hoje, o uso desses aparelhos é importante".

Especialistas dizem que o uso da internet em sala de aula aumenta a motivação dos alunos; tanto pela novidade, quanto pelas possibilidades de pesquisa que oferece. Essa motivação fica ainda maior quando o professor “entra na dança” e sugere o uso da tecnologia em um clima amigável; de confiança e abertura com os alunos.

Há pouco mais de dois anos, o professor Mario Galvão começou a fazer experimentos com o uso das redes sociais em suas aulas para o ensino médio e em faculdades. Através do Twitter, Facebook e Linkedin, ele criou novos canais de comunicação com os estudantes. A ideia, segundo ele, era ir além da aula tradicional para deixar o ensino – além da mais divertido – mais próximo do cotidiano dos alunos.

"Nós temos um contato direto com a rede social, e não há como banir o uso desses sites durante as aulas. Então, já que estamos no Facebook e no Twitter, podemos utilizar essas redes para nos ajudar a crescer no entendimento da matéria", afirma o estudante Matheus Finardi. Já Áurea Camargo, também estudante, disse que é viciada em redes sociais, e que não esperava o uso dessas páginas durante as aulas. "Quando tive minhas primeiras aulas com o professor, achei que seria algo muito normal, com uso apenas da louza. Mas foi bem diferente: nosso mestre começou a escrever algumas dicas de ensino no Twitter e no Facebook, e achei isso um máximo".

Hoje, quando pede um trabalho que possa ser apresentado em vídeo, foto ou qualquer outra forma de expressão artística, o professor usa uma página no Facebook para que os alunos possam compartilhar suas criações e também ver os trabalhos dos colegas.

"Os estudantes acabam curtindo os status e, a partir dali, já até posso ter uma base de nota para qualificar os trabalhos. Isso ajuda bastante porque os alunos recebem os resultados bem antes do esperado", declarou o professor Galvão.

Por mais que seja uma novidade na escola, no dia a dia da chamada "Geração Z" – que já nasceu imersa em tecnologia – o uso de smartphones, tablets e consequentemente as redes sociais é bastante comum. "É inevitável: às vezes estamos em alguma aula e os estudantes acabam acessando os sites, porque não há como fugir disso. Então, já que eles vão entrar no Twitter e no Facebook, vamos fazer com que essa experiência traga assuntos a ver com as aulas", disse Galvão.

Uma das últimas criações do professor Galvão é a "tuítet-aula". Ele criou o hashtag e, durante as aulas, posta dicas no seu perfil no Twitter para ajudar os alunos a encontrarem o que buscam. E enquanto os mais conservadores acreditam que o uso das redes sociais pode distrair e atrapalhar o bom andamento da aula, outros acreditam que é apenas uma questão de o professor saber usar a tecnologia em seu favor.

E você, o que acha dessa ideia? Na sua escola seus professores usam algum tipo de tecnologia para complementar as aulas e torná-las mais atrativas? E os pais; o que acham dessa novidade em algumas instituições? Aproveite para conhecer outras iniciativas de professores que também cansaram da fórmula "lousa e apostila".

http://olhardigital.uol.com.br/video/redes-sociais-nas-escolas-proibir-ou-liberar/27147

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