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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Lembra como é a vida longe da internet?




No dia primeiro de maio deste ano, o jornalista norte-americano Paul Miller ressuscitou; e essa história não tem nada a ver com milagres. Na verdade, ele nasceu de novo digitalmente. No ano passado, Paul encarou o desafio de simplesmente se desconectar – passou um ano offline, sem qualquer acesso à internet.
Durante os 365 dias longe da web, Paul continuou trabalhando, escrevendo principalmente sobre sua experiência no mundinho desconectado. Em alguns momentos, relatou euforia, afinal, sentia-se livre, sem sequer o “chato” do smartphone para incomodar com atualizações o tempo todo; ele conseguia administrar melhor seu tempo e chegou até a melhorar seu desempenho na leitura.
Por outro lado, Paul perdeu contato com muita gente e deixou de ser relevante para as pessoas. Descobriu que sem internet é mais difícil encontrar pessoas. Chegou a ficar deprimido e quase sem vida social. No final das contas, sua principal conclusão foi de que não é o meio – neste caso a internet – que está errado, mas sim a nossa relação com ela; a forma que a usamos.
Sem qualquer inspiração no americano, o brasileiro Guilherme Valadares – também jornalista – abdicou não da internet como um todo, mas da maior rede social online: o Facebook. Apesar de trabalhar com web, ele descobriu que a rede social não era essencial para sua vida e, pior: ele estava ficando viciado na plataforma. Para completar, havia sensação de que a maior parte de toda aquela informação era totalmente desnecessária.
"Essa percepçãpo de muita web e de muita perda de tempo me fizeram cansar, e e aí resolvi 'matar 'o Facebook", diz Guilherme Valadares, diretor de conteúdo do Papo de Homem.
Gulherme não vê o Facebook como algo maléfico ou ruim, mas assim como Paul Miller, acredita que o maior problema está na forma como nós usamos a rede social.
Difícil negar e quem conhece sabe. Qualquer um fica meio atordoado com a avalanche de informações novas cada vez que a acessa o Facebook. A possibilidade de bisbilhotar a vida alheia sem que ninguém saiba também é bastante atraente para muita gente. E isso tudo é viciante. Pesquisas recentes dão conta que um em cada três usuários do Facebook mantém uma relação de vício com a plataforma.
"Quando todo mundo está viciado, ninguém percebe. É como se estivéssemos em uma casa, com todo mundo louco, e ninguém percebe", compara.
Outra coincidência com Miller é que Guilherme também perdeu contato com muita gente, mas ele acredita que essas pessoas que “sumiram” não faziam grande diferença em sua vida. O outro lado da moeda é que, desconectando da rede social, ele intensificou o contato com os amigos mais próximos e não só virtualmente.
Prestes a completar um ano que assassinou seu perfil no Facebook, Guilherme se diz totalmente aberto a voltar para a rede social algum dia. "Só não gostaria que me sugasse em vez de me catapultar", afirma.
Sem querer ser chato ou xiita, Guilherme não incentiva ninguém a sair do Facebook ou qualquer outro serviço online; muito menos da internet. No entanto, diz que a maioria das pessoas que conhece sente que gasta mais tempo do que gostaria com redes sociais. E se tivesse que dar um empurrãozinho...
"Se algém me procurasse, diria: desliga logo e vê como é. Não é tão dolorido. Quando se tem um corte muito abrupto, realça muito o que se busca, que é ter um outro olhar sobre sua presença social", diz.
O próprio Facebook tem uma ferramenta para que você não precise pensar muito caso queira arriscar. Quando você desativa seu perfil na rede social pela primeira vez, ele não é apagado. Existe um mecanismo que mantém todas suas informações e configurações intactas por até duas semanas; é o tempo que eles te dão caso você decida mudar de ideia.
E você, o que acha das decisões de Miller e Guilherme? Concorda que perdemos muito tempo em redes sociais? Será que errada mesmo é a maneira que utilizamos a internet e também as redes sociais? Participe, deixe suas opiniões nos comentários... e caso tome alguma decisão mais drástica, conte pra gente... Ah, em inglês, disponibilizamos também o link com a história do Paul Miller; acesse e confira.

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