Antes
mesmo de ler e escrever, programar! Depois da introdução do uso tecnologia na
sala de aula, o caminho agora é ensinar desde cedo os alunos não só a usarem
dispositivos e softwares como também criá-los. No início do ano, Mark
Zuckerberg, Bill Gates e outros nomes importantes do mundo digital apareceram
em um vídeo de divulgação de uma organização destinada a ensinar linguagens de
programação de forma fácil e gratuita.
Entre
muitas declarações de apoio à iniciativa, uma opinião é praticamente unânime: o
desenvolvimento e programação de computadores devem estar à mesma altura de
matérias tradicionais como matemática, física e química. Com muita gente grande
por trás, a “Code.org” já nasceu com alguns milhões de dólares para
investimento. Além do Facebook e da Microsoft, Google, Amazon, Linkedin, Apple
e Yahoo estão entre as muitas empresas que apoiam a iniciativa.
Mas
antes mesmo desse projeto chegar ao Brasil, algumas escolas já introduziram a
programação em sua grade curricular. Aqui neste colégio, em São Paulo, as
crianças têm seu primeiro contato com a tecnologia a partir dos dois anos de
idade
"São
apropriações ao longo da escolaridade, como criar um usuário e
instrumetalizá-lo para o uso das tecnologias", diz Renata Pastore,
diretora de tecnologia Colégio Visconde de Porto Seguro.
Um
pouquinho maiores, mas ainda bem novos, além da lousa digital interativa e os
tablets, essas crianças aprendem a criar seus próprios aplicativos para usar
durante as aulas.
"O
foco do departamento de tecnologia é a produção de conteúdo pelos alunos. É o protagonismo,
como o aluno consegue usar os recursos para produzir algo e disponibilizar para
seus colegas", explica Pastore.
A
iniciativa veio da professora Maria Fernanda. Pesquisando, ela descobriu um
aplicativo que poderia ajudar a classe na aprendizagem dos números. Para isso,
eles teriam que criar um jogo com imagens dos seus trabalhos e com gravações
das suas próprias vozes. Segunda ela, a receptividade foi excelente e os
pequenos usaram a intuição para desenvolver o app.
"Eu
não precisei explicar como funcionava o aplicativo. A única coisa que tive que
explicar é a proposta do jogo", conta Maria Fernanda Balugani, professora
do colégio.
A
professora experimentou e aprovou os resultados. O aprendizado foi muito mais
dinâmico do que nas turmas anteriores sem o uso da tecnologia. Aos cinco anos
de idade, muitas dessas crianças já tinha tido seu primeiro contato com
dispositivos digitais como tablets e smartphones, mas a experiência de
desenvolver era inédita.
"A
gente tem usado com muita frequência. É a primeira vez que eles desenvolvem um
jogo e agora queremos continuar, porque o resultado foi excelente",
conclui Maria Fernanda Balugani, professora..
Nesta
outra sala, o grupo pesquisou na internet e cada dupla produziu um “quiz” para
desafiar os colegas. A receptividade à novidade foi a mesma.
"Tudo foi produzido por eles, o produto é deles, as perguntas e as respostas são do jeito deles", acrescenta a professora Claudia Madalozzo.
"Tudo foi produzido por eles, o produto é deles, as perguntas e as respostas são do jeito deles", acrescenta a professora Claudia Madalozzo.
O
departamento de tecnologia por aqui foi criado há três anos. A inovação,
segundo os professores, mudou o desenvolvimento dos alunos; eles se tornam mais
criativos. Resumindo, a tecnologia combinada com a programação precoce agrega
bastante valor ao processo de ensino e aprendizagem.
Recentemente,
um projeto britânico que se propõe a ensinar programação para crianças em idade
escolar desembarcou no Brasil. Presente e mais de mil colégios no Reuni Unido,
o “Code Club” é resultado de um esforço que une voluntários para ensinar
tecnologia em colégios. O portal oferece material de ensino e uma estrutura de
voluntariado que apoia a realização de atividades extra-curriculares ligadas à
programação de computadores.
O
“Code Club Brasil” pretende chegar a cada uma das 200 mil escolas brasileiras.
Normalmente, os voluntários se oferecem para ensinar durante uma hora por
semana.
No
nosso site você encontra uma reportagem que nosso time online fez sobre outras
escolas nacionais que já aderiram ao ensino da programação. O link está logo
abaixo do vídeo que acompanha esta matéria no nosso site. Ah, e aos
interessados em criar seu próprio clube de programação no “Code Club Brasil”,
separamos também o link do site brasileiro do projeto para quem quiser
participar dessa iniciativa. Acesse, confira e fique
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