O TSE regulamentou o uso da internet na campanha eleitoral, permitindo inclusive propaganda de candidatos a partir de 6 de julho. Mas a pré-campanha está revelando um nível de agressões sem precedentes, não exatamente por parte dos políticos, mas, sim, por parte de internautas descomprometidos com a ética, com a civilidade e com a própria democracia. Isso sem falar na invasão de sites oficiais por hackers. A verdade é que o ciberespaço eleitoral está se transformando em indesejável campo de batalha, minado por fanatismos de toda ordem, por meledicências e difamações e por tiroteios eletrônicos cujas primeiras vítimas são, além da verdade, os que deles participam.
A campanha eleitoral que se aproxima estará marcada definitivamente pelo uso das facilidades de comunicação que a internet pôs à disposição de partidos, candidatos e eleitores. A capacidade de atingir milhões de pessoas em apenas alguns segundos significa uma ferramenta de valor inestimável, que já mostrou toda sua desenvoltura e efici~encia na eleição norte-americana que levou Barack Obama à Casa Branca, num processo que foi visto como uma revolução na maneira de fazer campanha. Pois esta ferramenta está disponível a custo mínimo para partidos, candidatos, cabos eleitorais e cidadãos comuns. Os comandos das duas principais pré-candidaturas presidenciais brasileiras já estruturaram seus núcleos de internet, a partir dos quais tentarão levar suas mensagens por essa nova plataforma de comunicação. Em relação a esses comandos eletrônicos, espera-se que se conduzam com a mesma responsabilidade que lhes será exigida nas demais operações das pré-campanhas e dos embates eleitorais propriamente ditos. Promover as candidaturas, por mais acirrada que seja a disputa, não significa nem baixar o nível, nem faltar com a verdade.
(Continuação do texto no Jornal Zero Hora, 20/04/2010, p. 14)
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário.