
Em
evento realizado em São Paulo, Salman Khan, fundador da Khan Academy, afirma
que o Brasil é um país promissor no campo do ensino online
Salman
Khan, fundador da Khan
Academy – organização que disponibiliza videoaulas
gratuitas no Youtube –, acredita que o Brasil pode se tornar uma referência em
educação digital. A afirmação foi feita na última quinta-feira (17), durante
evento promovido pela Fundação Lemann, responsável por difundir o conteúdo da
Khan Academy no Brasil.
De
acordo com o professor, o objetivo com as suas aulas é proporcionar uma
educação livre para todos, em todos os lugares do mundo. Segundo ele, “o Brasil
é um lugar com grande potencial para o crescimento da educação digital e pode
ultrapassar os Estados
Unidos”.
Durante
o evento, Khan falou sobre a sua trajetória como estudante e relembrou como o
seu projeto de postar aulas de matemática no Youtube para ajudar seus primos
acabou por se tornar um fenômeno mundial. Atualmente, são mais de 6 milhões de
usuários. A Khan Academy alcança uma média de 20 mil salas de aula ao redor do
mundo.
Para
Khan, o que faz com que seus vídeos sejam tão acessados é o tom que usa. O
professor acredita que o tratamento informal, como se fosse uma conversa, é muito
mais eficiente do que o tratamento convencional entre professores e alunos.
“Não fui a primeira pessoa a postar videoaulas no Youtube. O que eu acho que me
fez ficar popular foi o fato de eu estar falando para os meus primos, pessoas
com quem eu me importava. Eu fui muito direto, eu falava o que vinha na minha
cabeça”, observou.
Ensino Brasileiro
Na última quarta-feira (16), Khan participou de uma reunião
com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Durante o encontro, o
professor defendeu a revisão do sistema de ensino brasileiro.
Para
ele, reunir crianças da mesma idade em uma sala e esperar que elas aprendam no
mesmo ritmo não é um sistema eficiente. Khan acredita que a saída é o uso da
tecnologia. “Pode parecer paradoxal, mas as experiências com a tecnologia
permitem que os professores tenham mais tempo para atender a individualidade
dos alunos”, afirmou.
Após
o seminário, Khan foi convidado pela presidente para fazer parte da
reformulação do material pedagógico do ensino brasileiro, mas recusou o
convite. O professor disse que esse processo deve ser feito em médio e longo
prazo. "Espero fazer algo em sete anos, mas infelizmente não posso fazer
para amanhã", concluiu.
Autor: Universia Brasil
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário.