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segunda-feira, 4 de julho de 2011

O que é Informática Educacional?



(Por Miriam Salles)




Qual a diferença entre "Informática aplicada à educação", para "Informática Educacional", "Informática Educativa" e "Tecnologias Educacionais"?



Pergunta pertinente para se caracterizar o trabalho do professor em um laboratório de informática. Diferenciar "Informática aplicada a Educação" e "Tecnologias Educacionais" me parece mais simples:


* Informática aplicada a Educação: a informática é utilizada para o gerenciamento da escola: relatórios de notas, de acompanhamento de alunos, de secretaria, do acervo de uma biblioteca escolar, etc.


* Tecnologia Educacional: não se restringe ao uso do computador. Usa também a TV, cinema, DVDs, rádio, fotografia, livros, robótica.


Já a diferenciar Informática Educativa e Educacional depende da concepção que se tem da utilização do computador na escola. Entendo, baseada na minha vivência como professora em um laboratório de informática e no que tenho observado, que:


* Informática Educativa: a informática é mais uma disciplina integrada ao currículo. Ensina-se, por exemplo, linguagens de programação e a utilizar os softwares do Office. Na maior parte dos casos não há preocupação de integração dessas aulas com outras áreas de conhecimento. Ou nos casos em que se busca a interdisciplinaridade, raramente há o envolvimento de um professor especialista daquela(s) disciplina(s) no planejamento da atividade. Dentro dessa concepção, o computador também é utilizado para que o aluno tire suas dúvidas sobre determinado conteúdo: o laboratório tem um acervo de softwares de educativos, de tutoriais, de livros multimídia, exercícios de reforço, ou seja, o computador é utilizado como máquina de ensinar. Os responsáveis pelos laboratórios são geralmente os especialistas em informática.
* Informática Educacional: a informática é utilizada como um recurso, uma ferramenta para a construção de conhecimento. A principal forma de trabalhar é através de projetos, webquests, webgincanas, projetos colaborativos entre escolas geograficamente separadas, enfim, atividades planejadas sobre determinados temas, ou conteúdos didáticos de uma disciplina. Os alunos elaboram seus trabalhos utilizando softwares como os do Office, recursos da WEB 2,0 como blogs e wikis, ou até mesmo linguagens de programação. Para coleta de dados ou busca de informações utilizam os recursos disponíveis que podem ser bancos de dados, a web, participação em listas de discussão, fóruns.


Enfim, na Informática Educacional as atividades propostas e os recursos oferecidos ao aluno são pensados de forma a promover uma aula que não poderia ocorrer da mesma forma, ou até melhor, sem utilizar o computador.


Sou uma defensora da presença de um professor responsável pelo laboratório de informática e que tenha perfil de especialista em informática educacional e com formação em educação. Para que trabalhe em parceria com os professores dos diversos níveis da escola infantil e fundamental 1 e com os professores especialistas das diversas áreas do conhecimento. Assim, os alunos estarão aprendendo a utilizar a informática (uma necessidade para o mundo do trabalho) e ao mesmo tempo sendo orientados sobre onde e como buscar a informação e o que fazer com essa informação.


Para que a informática seja utilizada como um bom recurso no processo ensino-aprendizagem, para que aconteça uma real transformação nas formas de ensinar e aprender, é preciso que as escolas estejam atentas a esses "pequenos detalhes".


Vamos discutir essas ideias?








Google+, o concorrente do Facebook.

(Por Henrique Martin, em 30 de junho de 2011)



O Google+ apareceu naqueles momentos de turbilhão da vida. Um monte de coisas pra fazer e alguém do Google liga: "Oi, estamos lançando uma nova rede social agora, você tem 40 minutos pra escolher 15 pessoas para mandar convites". Aí você para tudo e obedece, claro. Isso ocorreu na terça-feira à tarde, instantes após o anúncio oficial da nova rede social - o convite mesmo para entrar só apareceu depois das 18h. E, pouco mais de 30 horas usando o Google+, já dá para ter uma boa ideia de como a coisa funciona.


A primeira conclusão é que não é o Orkut, nem o Facebook, nem o Twitter, mas com pequenos elementos de cada um deles para gerar uma nova ideia em redes sociais. E a integração com smartphones dá um baile nas outras redes. Após receber seu convite (e agora o Google libera aos poucos novos tíquetes de entrada), você precisa completar seu perfil. O Google já sabe algumas coisas sobre você (e se já preencheu um perfil público de buscas por ali, não precisa fazer muito mais).


A tela principal do Google+ é formada pelo "stream", uma coluna central de atualizações dos seus contatos - nada muito diferente aqui do news feed do Facebook, só que em vez de dar "Like" nos posts, você dá "+1", o tal botão aquele. A principal novidade é a adoção dos círculos, uma melhoria grande dos grupos limitados do Orkut. O Facebook faz isso com grupos também, mas o Google+ tornou a tarefa de organizar os contatos mais fácil. Quem é amigo entra no círculo de amigos, quem é legal de seguir pode ir pros "acquaintances" (ou conhecidos), a família tem um círculo próprio e você pode ter quantos mais círculos quiser criar.


Os círculos de amigos ajudam também a manter a privacidade. O Google+, como seu concorrente Facebook, tem opções de privacidade e compartilhamento bastante customizáveis em relação a quem vê o que está dentro dos círculos, e também é´possível saber quais dos seus contatos te incluíram em um círculo, mas não em qual. Atenção aqui para o compartilhamento de fotos com o Picasa, que é automático (e pode levar fotos que não devem ser compartilhadas para o feed público do Google+). E, como nas demais redes sociais, é possível bloquear pessoas indesejadas.


Como um bom produto Google, tudo se integra. Chat está lá, notificações aparecem no Gmail e em outros sites da casa, e até (para quem tem) Google Bluzz e um interessante histórico dos cliques que você deu no "+1" em sites/buscas pela web ficam acessíveis. O Google+ traz ainda dois outros recursos inexistentes em outras redes sociais? Sparks, filtros de notícias/interesses em destaque, e o Hangouts, uma espécie de chat público por vídeo com seus amigos ou convidados - algo que apenas o Skype faz, e de maneira paga.


(...)


De qualquer maneira, ainda é muito cedo para dizer se o Google+ vai pegar ou não. Os recursos oferecidos são interessantes, os círculos limitam a comunicação para grupos focados e certos e, felizmente, ainda não existem perfis de empresas por ali. Como o próprio Google já fez em outras experiências (como o finado Google Wave), a distribuição de convites ainda é lenta e o crescimento da rede depende dessa liberação. No fim do dia, não importa muito se você usa Google+, Facebook ou Orkut: tudo se resume a quem você aceita nas suas redes sociais e como você se expõe nelas. Fazer os ajustes finos, aceitar só gente que você conhece/se relaciona e fugir/bloquear os contatos indesejados deixa qualquer rede social perfeita para suas necessidades.